sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os vários centímetros de expessura da coberta mantinham o frio longe de nossos corpos nus, outrora suados e esquentados pelo atrito de nossas peles. A janela estava fechada, mas não creio que tão bem, volte e meia ouvia-se um ruído por conta do vento lá fora.
Meus olhos estavam fixos nas árvores que dançavam por trás da janela, eu pensava - já não sabendo ha quanto tempo - tentando descobrir quando foi que chegamos nesse ponto. A janela se abriu num tufão e eu puxei a coberta para cobrir o rosto de Jonathan, não queria que um frio incômodo o acordasse. Fechei meus olhos na tentativa inútil de afastar o frio das minhas bochechas, tanto fez. Tirei a coberta do rosto dele e lancei meu olhar para os seus olhos, vendo-os fechados num sono gostoso... Me perguntei com o que sonhava e o sorriso no seu rosto respondeu minha pergunta, comigo, é claro.
A verdade é que eu não entendia todas essas sensações que Jonathan me fazia sentir, tê-lo assim em meus braços era algo estranhamente delicioso e eu sabia que ele sentia o mesmo, talvez até em proporções muito maiores.
Desviei meus olhos para seu pulso sobre o meu peito, passando meus dedos pelas marcas vermelhas que lhe havia deixado e não conseguindo conter o leve sorriso no canto de meus lábios. Isso era o que eu fazia de melhor, melhor do que qualquer outra pessoa, do que qualquer outro amante que ele viesse a ter ou que já teve um dia. Sabia que era assim que poderia prendê-lo a mim de alguma forma, nunca fui muito bom se tratando de juras de amor e demonstrações de afeto.
Outro tufão abriu a janela e, novamente, cobri o rosto dele, mas desta vez, quando voltei a coberta para seus ombros, pude ver seus olhos piscando lentamente. Colei meus láios nos seus fios loiros e ainda um pouco úmidos e murmurei-lhe desculpas. Jonathan apenas grunhiu em retorno e voltou a dormir, encolhendo-se ainda mais em meus braços, o que me fez apertá-lo contra mim e respirar fundo o perfume de seus cabelos. Não poderia soltá-lo.
and the greatest thing of all is that
i dont need you at all
babe, your kiss was like poison
killing me softly everytime our tongues touched
and not in a good way
you weren't that good, babe,
oh no, just not that good.

terça-feira, 18 de agosto de 2009


I hate myself today.
I don’t know what’s happening to me.
I hate my face today. I think I look so shitty.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Esses dias acho difícil me encontrar nas palavras,
preciso de gestos, mais do que nunca.